Olá, tudo bem? Hoje iremos falar sobre as cores CMYK e RGB e quando cada uma delas é usada e porque.
O RGB é composto pelas cores primárias aditivas (ou emitidas) vermelho (red), verde (green) e azul (blue), onde as iniciais em inglês formam seu nome. A soma dessas três cores resulta em branco e a ausência delas, em preto. Essas são as cores primárias do RGB, pois são as cores que os olhos humanos conseguem “perceber” e interpretar. O controle das luzes em cada cor individualmente faz com que o olho possa perceber se aquele objeto é uma cor ou outra. Por exemplo, a cor vermelha é nada menos que a luz branca menos duas cores primárias, no caso, o verde e o azul.
O RGB é capaz de emitir cores mais vibrantes exatamente porque trabalha com luz. Por isso, vídeos, fotos e monitores trabalham com o sistema de cores RGB, porque o controle de cores é feito pela quantidade de luz que incide sobe o material. Imagens e outros itens para site, por exemplo, usam somente o sistema de cores RGB. Se você tentar usar uma imagem em CMYK, aparecerá um erro.
Já o CMYK, composto pelo ciano (cyan), magenta (magenta), amarelo (yellow) e preto (black) é representado também pelas iniciais em inglês em inglês, com exceção do preto, que usa a letra K para não confundir com o B de blue, do RGB. Diferente do RGB que usa a luz para refletir, o CMYK é uma cor subtrativa. Isso significa que ele trabalha de modo, vamos dizer, oposto ao RGB, já que usa pigmentos, tintas, entre outros para estabelecer uma cor. Enquanto no RBG a adição de todas as cores forma o branco, no CMYK é a ausência desses pigmentos que resulta no branco.
Na área gráfica trabalhamos com o CMYK e o Pantone para fazer a impressão de materiais. Nunca RBG!
Você deve estar olhando para a imagem acima onde há a composição do CMYK e RGB e se perguntando: Por que na imagem há três cores primárias (ciano, magenta e amarelo), mas o CMYK é composto de quatro cores? A explicação é simples! A soma dessas três cores na teoria resulta em preto, mas na prática o que vemos é uma cor meio marrom escuro. Com a combinação da cor preta, é possível deixar um preto mais bonito e interessante. Além disso, no momento da impressão há alguns “segredos” técnicos que conferem uma melhor qualidade no resultado final.
Um deles é a quantidade total da soma de tinta do CMYK. Cada cor trabalha com um percentual que varia de 0% (branco ou ausência desta cor) até 100%, que é de fato a cor. O percentual intermediário é o que chamamos de retícula. Pois bem, se cada cor varia de 0 a 100% e temos quatro cores, isso significa que uma cor (um preto intenso) pode chegar a 400%. Mas na prática, nunca devemos preencher uma área com mais de 280% em sua soma. Isso porque o papel pode ficar muito “molhado” e causar problemas como decalque da cor, dilatação do papel, entre outros problemas.
É importante ressaltar que textos em preto ou cinza devem ser composto somente pelo canal K. Isso irá garantir mais qualidade no resultado final e a certeza de que ao menos no texto não haverá problemas da cor estar fora de registro, quando as letras e imagens ficam um pouco embaralhadas (abordaremos o assunto Registro em um outro texto futuramente).
Para que você possa entender melhor como o CMYK funciona, deixaremos aqui um GIF animado feito pela PhysicsFun. E lembre-se: Qualquer material que for enviado à gráfica, precisa estar em CMYK!