Olá, tudo bem? Hoje vim aqui para falar sobre os 5 erros mais comuns na hora de criar um arquivo.
É muito comum que os designers criem peças maravilhosamente lindas para a impressão gráfica, mas com arquivos precários se formos falar em questões técnicas.
E cometer alguns erros no desenvolvimento do arquivo pode resultar em problemas na qualidade final do impresso.
É claro que ninguém quer isso, não é mesmo?! Por isso vim aqui falar sobre os 5 erros mais comuns. Confira:
1 – Fazer no programa errado
Se você sabe mexer muito no Photoshop e está pensando em fazer algumas artes para imprimir na gráfica é melhor mudar de ideia. Qualquer arquivo criado no Photoshop acaba tendo o seu resultado comprometido, pois além de não ter saída gráfica ele também converte automaticamente os vetores em bitmap. E para um arquivo ficar perfeito é preciso priorizar os vetores.
O mesmo vale se você está pensando em criar seus arquivos nos programas do Microsoft Office, como o Word ou o Power Point. Estes também não possuem saída gráfica, tampouco usam o sistema de cores CMYK e ainda baixam a resolução das imagens automaticamente.
Sabendo disso tudo, você deve estar se perguntando em qual programa então enviar seus arquivos, acertei? Pois é, para que um arquivo fique com a qualidade desejada é preciso escolher o programa certo. Eu diria que para materiais de múltiplas páginas, como um catálogo, uma revista ou um livro o mais indicado é o Adobe InDesign, pois ele tem toda uma estrutura para a formatação de textos e configurações de páginas que os demais não possuem.
Para fazer materiais mais simples, como cartão de visitas, banners, cartazes, flyers, folders, sacolas e materiais similares a indicação vai para o Corel Draw e também para o Adobe Illustrator.
2 – Utilizar o preto nas 4 cores
Quando olhamos o preto nas 4 cores no computador vemos uma cor muito mais intensa e vibrante do que quando ele está apenas no canal do K (preto). No entanto, como o intuito do arquivo é a impressão profissional, deixar o texto no preto em 4 cores é um erro muito grande!
Isso porque a visão que temos da cor no computador é um pouco diferente do que no impresso e no momento da impressão o resultado da cor para o texto não muda muita coisa. No entanto, o cliente precisará arcar com a compra de mais chapas e com um material muito mais caro, já que o texto está nas 4 cores (isso quando o material for somente 1 cor).
Mas se o seu material já era em 4 cores talvez esteja pensando que o custo, então, não seria problema, certo? Errado!!!
Outro inconveniente (e talvez o pior deles) é que a qualidade poderá ficar comprometida, já que será necessário fazer um acerto da impressão perfeito para não ficar com aquele aspecto borrado ou tremido.
Então, agora você já sabe! Preto em textos sempre em um único canal, o K (preto).
3 – Não deixar sangria ou margem de segurança
O termo é desconhecido para muitas pessoas, mas na área gráfica é extremamente importante respeitar a sangria e a margem de segurança. Temos um texto falando mais sobre estes temas aqui.
Resumidamente, vou explicar por que isso é um erro: a falta da sangria pode fazer com que o impresso fique com aquele filete em branco, caso o refile caia 1mm para fora. E sim, o resultado fica bem feio e nada profissional, por isso é muito importante colocar sempre uma sangria de no mínimo 3mm.
Já a margem de segurança é algo que acontece dentro do arquivo. É preciso deixar um espaço entre o refile e o texto para que se o refile invada a área do impresso, nenhuma informação seja perdida. Ou para o uso de acabamentos como o wire-o, por exemplo, onde é preciso deixar uma margem levando em consideração o espaçamento para a furação.
4 – Não enviar as fontes ou converter em curvas
Outro erro comum é enviar os arquivos e esquecer de convertê-lo em curvas ou anexar junto as fontes. Isso é um erro grave porque nem sempre é possível abrir o arquivo com as fontes incorporadas, fazendo com que altere para outra fonte qualquer e deixe o layout totalmente fora das características originais.
A troca de fonte pode, inclusive, fazer com que o texto corra. Por isso, o ideal mesmo é sempre enviar o texto em curvas. Na dúvida de como fazer isso, envie as fontes anexadas junto do arquivo.
5 – Enviar na última versão do programa sem perguntar se a gráfica consegue abrir
Esse é um erro clássico de quem está trabalhando na área há pouco tempo ou se é o primeiro contato com a gráfica.
Alguns programas, como o Corel Draw, por exemplo, costuma lançar uma versão nova do seu programa a cada um ou dois anos. E quando há uma atualização, algumas pessoas o fazem super rápido, enquanto outras demoram um pouco mais (as atualizações possuem um custo relativamente alto).
Com isso, muitos acabam salvando o arquivo em sua última versão, como de hábito e o envia desta forma. Só que quando o fornecedor tenta abrir o arquivo não consegue, pois ele está em uma versão superior do que a instalada no fornecedor.
Por isso, procure sempre salvar como em uma versão anterior. Por via das dúvidas, eu costumo salvar duas versões anteriores.
Se você comete alguns desses erros e não sabe como proceder na hora de criar seu arquivo para enviar para a Gráfica Cartex, fale com a pré-impressão. É muito melhor e muito mais rápido criar um arquivo já correto do que fazer eventuais correções. Conte com a Gráfica Cartex.